domingo, fevereiro 29, 2004

Pixies tocam em Curitiba em Maio !!!

Carau, essa já é a notícia do ano - se bem que o novo álbum do Morrissey, "You Are The Quarry", a ser lançado em maio, depois de um hiato de 7 anos, aclamado como o melhor da carreira pela crítica especializada também promete. Mas não tem jeito. Depois de 12 anos, a volta do Pixies é a notícia mais bombástica de 2004. O problema é que eles só vão à Curitiba e só serão disponibilizados míseros três mil lugares. Só nos resta esperar o clamor dos fãs para que pinte um show em Sampa, ou quem sabe, na Cidade Maravilhosa...

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Os álbuns que eu tive... [Parte 4]

Pixies - Surfer Rosa (1988)
Comprei o vinil em 1989 numa loja na galeria Senador Vergueiro
Esse álbum foi recomendado pela amável dona desta loja que já não existe mais, sempre antenada com os últimos lançamentos, principalmente os alternativos. Lembro que ela arrumava umas fitas de vídeo com clipes gravados do “120 Minutes”, o Lado B da MTV americana, e eu passava tardes inteiras vendo os vídeos e ouvindo um monte de discos legais. O Pixies mexeu muito com a minha cabeça na época. Eu ainda era muito ortodoxo na definição do estilo das bandas – tipo, o Mission era gótico e os Pistols eram punks – e não conseguia imaginar nada no meio do caminho. Voilá! Parar o álbum no meio pra ficar falando abobrinha? Cantar um monte de coisas em espanhol? Vocais totalmente esquizofrênicos? Vocal feminino totalmente hipnótico com gosto de quero mais? Barulho, balada, pegada, "Surfer Rosa" é uma aula de rock vanguarda do começo ao fim.


Pretenders - Packed (1990)
Comprei o vinil em 1991 na Ultralar & Lazer do Catete
O primeiro álbum que eu ouvi do Pretenders foi o "The Singles" e obviamente gostei de cara de um monte de outras músicas além daquelas que já bombavam nas rádios normalmente. O sentimentalismo à flor da pele da Chrissie Hynde cai muito bem com as letras românticas e aquela voz de vibrato que ela faz. Esse disco veio na seqüência da turnê dessa coletânea – que pintou aqui no Hollywood Rock de 1988 - e tinha o Johnny Marr recém-saído dos Smiths. Ele acabou contribuindo com uma composição para esse disco, "When Will I See You", mas seu ego inflado fez com que ele não durasse na banda até a gravação de "Packed". O mais engraçado é que a Chrissie comenta no DVD "Loose in L.A.", que “se quisermos ouvir algo obscuro”, é só ouvir este disco. Talvez tenha sido o disco de menor vendagem da banda, realmente. Mas tem ótimas canções. Assim como todos os outros.


U2 - War (1983)
Ganhei o vinil de aniversário em janeiro de 1986
Já conhecia "New Year’s Day" desde o final de 1984 e não tinha me empolgado muito. Tinha achado um pouco pop e eu estava na busca de coisas mais vanguarda. Mas o clamor da crítica era tanto que eu resolvi sucumbir. Não gostei muito de primeira, achei sem graça, depois gostei bastante e hoje já nem gosto mais tanto assim. Depois de conhecer bem o R.E.M. e os Beatles, acho que o U2 parece um pouco vazio. Coisas da vida. Mas "The Refugee" e "Two Hearts Beat As One" são realmente obras primas.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

I’m a Celebrity... Get Me Outta Here!!!

Putz, quem diria que essa febre de "big brother" iria contaminar o Johnny Rotten do Sex Pistols... o cara está num tipo de "No Limite", promovido pelo canal inglês ITV, filmado na Austrália. Realmente, depois da família do Ozzy na MTV, era só que faltava!!!

Só nos resta torcer pra alguém comprar os direitos e exibir essa farofa aqui pra gente... pra dar mais dramaticidade ainda à situação, as vendas do seminal álbum "Never Mind The Bollocks", lançado em 1977, dispararam no Reino Unido.

sábado, fevereiro 14, 2004

Os álbuns que eu tive... [Parte 3]

My Bloody Valentine - Isn't Anything (1988)
Comprei o vinil em 1989 nas Lojas Americanas da Rua das Laranjeiras
Ressucitar esse disco em época de "Encontros e desencontros" é chover no molhado. Essa banda me chocou profundamente por usar uma super-hiper-mega distorção em melodias serenas. Jesus & Mary Chain e Sonic Youth já haviam feito isso nos idos de 85, mas o diamante foi lapidado pelo My Bloody Valentine. "Soft And Snow (But Warm Inside)" é simplesmente matadora!

Morrissey - Viva Hate (1988)
Comprei o vinil em 1988 nas Lojas Americanas da Rua das Laranjeiras
O primeiro single deste álbum, "Suedehead", eu ouvi pela primeira vez deitado numa cama de hospital, poucas horas depois de ter acordado da anestesia de uma cirurgia de peritonite. Chorei como poucas vezes na vida. Diferente do Smiths, algumas faixas são superelaboradas, com andamento e sonoridade complexos; porém, "coincidentemente" igual ao Smiths, melhoram a cada audição.

Camisa De Vênus - Viva (1986)
Comprei o vinil em 1986 na Gramophone do Centro
Foi difícil achar esse álbum... procurei à beça, porque como duas faixas tinham sido censuradas (quem lembra disso?), rolava um certo "boicote velado" dos lojistas, além do conseqüente fenômeno de aumento de vendas por causa da mídia em cima da censura às faixas. Punk baiano com testosterona na veia e vários clássicos do Rock Brasil dos anos 80. A pervertida e subversiva versão de "My Way", conhecida com o Frank Sinatra, era uma das minhas favoritas; afinal, um adolescente sempre procura seus pretextos para poder falar seus palavrões bem alto e essa música - e não só essa - era um prato cheio!

Oingo Boingo - Dead Man's Party (1986)
Comprei o cassete em 1987 na Sendas da Voluntários da Pátria
Foi o primeiro álbum do Oingo Boingo a sair no Brasil e eu também comprei meio no susto, a faixa-título ainda não tinha estourado na Rádio e só "Just Another Day" dava um indício do que poderia ser a banda. Ajudou o fato de já ter ouvido bem de leve o importado "Only A Lad" (1983) na casa de um amigo. Mas o engraçado mesmo é que quando eu cheguei com essa fita no colégio, os surfistas da minha sala ficaram bolados e me ofereceram pelo K7 o dobro do que eu havia pago nele...

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Os álbuns que eu tive... [Parte 2]

The Cure - Standing On A Beach - The Singles (1986)
Comprei o cassete em abril de 1987 na antiga Gabriela, 2º piso do Rio Sul
Acreditem ou não, eu só comecei a gostar deles depois que eles foram embora do Brasil. Até hoje ouço loas sobre os shows memoráveis que eles fizeram no Maracanãzinho, apesar do péssimo som que aquele lugar tinha. Bom, comecei com o pé direito, essa coletânea é um biscoito finíssimo, pois além de ser uma ótima apresentação das diversas facetas da banda, ainda conta com 12 faixas bônus extraídas de lados B de singles, que concorrem pau-a-pau com os lados A...

The Cult - Love (1985)
Comprei o vinil em 1987 numa loja ao lado do Lamas
Este foi mais um dos que eu comprei pela capa. Fazer o quê? A única rádio que tocava rock e arriscava umas bandas novas naquela época era a Fluminense FM e eu nunca fui muito de ouvir rádio. É claro que as ótimas referências da Bizz ajudaram, mas se eu fosse comprar tudo o que aqueles caras diziam que era bom, eu ia ter que roubar um banco por ano. Apesar disso, eu adorei o som dos caras e esse disco até hoje é o meu favorito deles, possivelmente figurando no meu Top 20.

New Order - Brotherhood (1986) e Low Life (1985)
Comprei os dois cassetes em 1988 numa loja na Galeria Condor
Mais uma vez a velha Bizz. Apesar do Low Life ter saído primeiro no Brasil, eu comprei primeiro o Brotherhood por causa de Bizarre Love Triangle, estourada no rádio. Lembro que achei bom na época e me empolguei pra comprar o outro tipo uma semana depois, esse sim, maravilhoso.

New Order - Power, Corruption & Lies (1983)
Comprei o cassete em 1989 na Gabriela do Barra Shopping
Acho que nessa época eu já tinha ouvido o Substance e me lembro que fiquei chapado. Aí a empolgação tomou conta e eu resolvi investir mais no New Order. Fiquei um pouco decepcionado na época, mas como eu só iria aprender um pouquinho depois, esse é o tipo de disco que entra naquela categoria em que a gente tem que escutar bastante pra entender - e gostar, claro!

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Os álbuns que eu tive...

Bom, estou começando a escrever sobre os álbuns e as bandas mais interessantes - do ponto de vista literário, vejam bem - para traçar um panorama da juventude e a música nas décadas de 80 e 90. Vou tentar ir postando por aqui de vez em quando algumas das crônicas pra já ir "esquentando as turbinas"...

A-ha - Scoundrel Days (1988)
Comprei o vinil em 1988 mas não me lembro aonde
O A-ha era uma daquelas bandas - assim como o Duran Duran e algumas outras - que sofriam da síndrome do "New Kids On The Block" e tiveram seus dias de "boy band", mas na verdade faziam um pop muito interessante se você tivesse disposição pra investigar a obra deles além dos sucessos radiofônicos e o preconceito instaurado na época. Lembro-me até hoje de um show que eles fizeram na Apoteose em 1989, já estouradaços no Brasil, pois foi o primeiro show internacional que eu fui sozinho (pros amigos dei a desculpa de que tinha ido levar a irmã!) e até que valeu à pena - apesar do som estar ruim como de costume nos idos de 80 em concertos em locais abertos. Até hoje penso como seria se o Wonderland tivesse gravado uma demo só com covers e tivéssemos colocado Manhattan Skyline... A-ha metal??? Só um louco como eu pra pensar nisso.

Alien Sex Fiend - Acid Bath (1986)
Comprei o vinil em 1990 num sebo na Rua das Laranjeiras
Esse álbum tem uma estória realmente engraçada. Além de ser mais um daqueles comprado pela capa e pela bênção da Bizz, o dito cujo estava com um arranhão violento pegando uma boa parte da faixa inicial mas novo - deve ter sido algum defeito de fabricação. Aí, o coitado não valia mais do que 50 centavos na época e é óbvio que isso também contribuiu bastante pra que eu levasse ele pra casa. Não é que essa escoriação no bichinho deu um toque todo especial ao punk-disco-psicodélico de In God We Trust e eu acabei me amarrando na banda?

Bangles - Different Light (1986)
Comprei o cassete em 1987 na Gabriela do Catete
Nem sei porque lembrei deste. Talvez pra ilustrar como a gente conhecia as coisas nesta época... fuçando! Ou talvez porque eu tivesse uma maior inclinação pro pop chiclete no final dessa década. Ele não durou muito comigo, passei pra frente num sebo ou joguei no lixo, nem me lembro.

Barão Vermelho - Declare Guerra (1986)
Comprei o vinil em 1986 na Sears de Botafogo
Eu não gostava (e ainda não gosto) muito do Cazuza. Pois bem, me pareceu interessante apostar nesse álbum por esse motivo principalmente. Gostei bastante e me lembro que, pra variar um pouco, eu ouvia ele em 45 rpm e gostava ainda mais!!! Pena que com o CD não dá pra fazer essas coisas facilmente como eu fazia com a minha vitrolinha Philips da década de 70, só girando uma chavinha... tinha até o 78 rpm, mas esse realmente deturpava totalmente a obra de qualquer um. "Linda e burra" é um clássico!

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Rock palpável

Esse seria o nome do meu programa, minha coluna, minha seção ou seja lá o que fosse - independente do meio - sobre música, desenvolvido por mim... mas se nem sei direito se esse blog aqui vai conseguir decolar, o que diria de um projeto assim tão etéreo. Pra piorar, como o dia não tem 40 horas, fica difícil ter disciplina oriental pra administrar tudo. Vamos ver se agora a coisa sai (no bom sentido, é claro)!

Estas são as músicas que não me saem da cabeça nos últimos dias:

Top 5
1. Letter To Memphis - Pixies
2. Peace Dog - Cult
3. All My Love - Led Zeppelin
4. Genius Of Love - Tom Tom Club
5. Cuckoo For Caca - Faith No More