quinta-feira, agosto 05, 2004

Os álbuns que eu tive... [Parte 6]

Madonna - Madonna (1983)
Comprei o cassete em 1986 na Gabriela do Largo do Machado
Até hoje o melhor álbum dela, todas as faixas são "instant hit singles", há mais sensualidade aqui do que em qualquer outra tentativa posterior e muito groove pra fazer seus pés colarem na pista. Apesar de ter apelado em várias mídias com os discos Like A Virgin e Like A Prayer, com o livro Sex e passando inclusive pelo simulacro de masturbação no filme Na Cama Com Madonna, as Divinyls foram muito mais contundentes nessa linha com o seu único sucesso, I Touch Myself. Musicalmente, nenhuma das suas modestas misturas superou o impacto do seu primeiro disco, tanto que em 1987 o seu disco de remixes foi totalmente calcado neste disco, que ainda é gostoso de ouvir. Só ficou faltando uma balada - única área onde Madonna conseguiu marcar seus golzinhos desde então.

RPM - Quatro Coiotes (1988)
Comprei o vinil na antiga Brenno Rossi do Rio Sul
A história deste disco é super interessante. Jardel Sebba, na coluna JukeBox, descreve bem porque o álbum frustrou meio mundo e implodiu a própria banda. A questão é que o disco é bom e por ter sido um dos maiores encalhes da MPB - perdendo aó para o pavoroso Burguesia, do Cazuza - pouca gente ouviu. Da faixa título, um ótimo rock lisérgico e contagiante até A Dália Negra, passando por Partners e Um Caso De Amor Assim, as canções perderam a verve pop mas ganharam densidade. Tinha até um samba-rock composto pela banda com participação do "malandro" Bezerra da Silva... enfim, este álbum mostra bem como uma decepção pode causar danos irreparáveis. O RPM - e o Paulo Ricardo também - nunca mais conseguiu se reerguer criativamente depois desse salto. Eles não se prepararam para cair e a queda foi mortal...

Dio - The Last In Line (1984) e Sacred Heart (1985)
Comprei os dois cassetes em 1987 numa antiga loja na galeria Condor
Um dos meus primeiros ídolos do metal e uma das melhores vozes até hoje, que bota o tio Ozzy no chinelo. Na verdade, o melhor disco do Dio é o primeiro, Holy Diver (1983), mas esses dois dão seus pulinhos, principalmente ao vivo, retratados no ao vivo Intermission (1986) que ainda tem a fantástica Man On The Silver Mountain, da década de 70, gravada originalmente por ele com o Rainbow. Pra fechar o caixão, não é nem preciso dizer que o Black Sabbath com o Dio é de chorar!

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